sábado, 23 de janeiro de 2010

Como Será a Humanidade em 2045

Texto Longo mais muito interessante...


Entrevista com o engenheiro,cientista e Futurólogo, Raymond Kurzweil

Jorge Pontual – Globonews - JP
Raymond Kurzweil -Engenheiro, Cientista e Futurólogo RK 


JP O senhor se apaixonou por computadores aos 12 anos e construiu seu 1º computador. Fale sobre isso. O senhor escreveu que foi como recriar o mundo. 

RK-Isso, eu comecei a inventar coisas aos cinco anos. Eu não tinha peças eletrônicas, só mecânicas. Eu tinha a impressão embora não soubesse dizer,que, se eu juntasse as coisas da maneira correta,eu poderia criar o mundo,resolver problemas, superar sofrimentos humano, eu não tinha esse vocabulário aos 5 anos. Mas me lembro da sensação. Quando eu tinha 12 anos, em 1960, eu descobri os computadores e achei que era possível simular qualquer coisa em um computador; música, inteligência, realidade virtual, e comecei a ficar fascinado pelo computador. No início da década em 1960, eu criei um programa de computador para compor música no estilo dos compositores famosos. Meu pai se envolveu no projeto. Ele era músico. Aquele foi meu primeiro projeto de inteligência artificial, que ganhou alguns prêmios internacionais. Eu conheci Lindom Johnsom . Eu apareci em um importante programa de televisão,”I' ve got secret”. Eu toquei uma música, e o segredo era o meu programa, que usei para compor a música.

JP- Seu pai morreu cedo, não foi de infarto? Seu avô também. O senhor também teve diabetes muito cedo. Mas o senhor superou isso- havia muitas adversidades, mas o senhor as derrotou,certo? E seu projeto atual é entender sua vida. Conte-nos sobre ele. 

RK- É tirei essa idéia da minha família é possível encontrar idéia para superar qualquer desafio. As idéias estão ali, basta encontrá-las. É preciso procurá-las e, ao encontrá-las, implementá-las. Meu interesse pela saúde começou com a doença do meu pai. Quando eu tinha 15 anos, ele infartou. Ele morreu, eu tinha 22 anos. Ele tinha 58 anos. Eu achei que provavelmente tinha herdado os genes ruins da doença cardíaca e da diabetes, então aos 35 anos, eu descobri que tinha diabetes tipo2, e o tratamento convencional só piorou a doença. O motivo é uma longa história, mas decidi encarar isso como um problema , como inventor, como cientista, então mergulhei em livros científicos e adotei um abordagem diferente,que englobava alimentação, estilo de vida e suplementos. Com isso, eu venci a diabetes, desde então não tenho a doença, e isso me deu a idéia de que é possível enfrentarmos problemas de saúde como enfrentamos problemas de engenharia. Então eu me vi diante de outro problema de saúde, que é a meia-idade e a idéia de envelhecer, que é um processo biológico, mas nós já podemos intervir. Não podemos detê-lo, mas retardá-lo com os conhecimentos atuais, mas com o avanço do conhecimento, chegaremos a um ponto, não distante,em que teremos conhecimento, através da biotecnologia, da nanotecnologia, para realmente deter e reverter o envelhecimento e o avanço das doenças,e esses dois estão relacionados. Essa tem sido a minha missão. Eu escrevi alguns livros com o dr. Terry Grossman. O primeiro se chama “Fantastic Voyage” = Fantástica Viagem ,e o último se chama “Transcendente: Nine steps to living well forever”=Transcendente:nove passos para bem viver para sempre. A idéia é aplicar a tecnologia atual para chegarmos àquele ponto futuro em que teremos mais conhecimentos. Nós chamamos de ponte para outra ponte para outra ponte. A ponte número 1 é o que podemos fazer agora. E há muito o que fazer agora para retardar o envelhecimento e a evolução das doenças.

JP- Nós temos a mesma idade, o senhor é alguns meses mais velho,mas parece mais jovem do que eu. Como o senhor consegue?

RK- Bem eu passo boa parte do tempo retardando o processo de envelhecimento. Eu tomo cerca de 150 comprimidos por dia, cada um para uma coisa. Pode parecer um programa agressivo, mas na verdade, é muito conservador, porque eu não faço nada que seja polêmico. Tudo o que eu faço é comprovado cientificamente, como nós demonstramos nos livros. Por exemplo o hormônio do crescimento é uma terapia controversa, por isso eu não faço nem recomendo, pois ele retarda o envelhecimento mas aumenta o risco de câncer. Eu tenho um programa conservador. Vou lhe dar um exemplo,algo não muito conhecido. A membrana celular, o revestimento de cada uma das 10 trilhões de celulas de seu corpo,quando você é jovem é feita de algo chamado fosfatidilcolina. Uma criança tem 90% da membrana celular feita de fosfatidilcolina. Isso diminui com a idade. Em um idoso de ceca de 80 anos, cai para 10%, a membrana celular fica cheia de substâncias inertes e quebradiças, como gorduras duras e colesterol. É por isso que a pele do idoso perde elasticidade, os órgãos não funcionam bem. Esse é o processo de envelhecimento. O envelhecimento não é uma coisa só, engloba uma dezena de processos diferentes, e esse é um que você pode reverter facilmente com suplementos dessa substância. Há processos de envelhecimento,a arteriosclerose, que ocorre quando as artérias se enchem de placas. Ela causa infarto, derrame, mas também causa vários problemas ligados ao envelhecimento, como fraqueza dos membros, falta de firmesa, impotência... Todas as artérias do corpo se enchem de placas, em diferentes taxas, dependendo do seu perfil genético. Esse é um processo que entendemos bem, e é possível retardá-lo e até detê-lo. E o dr. Dean Ornissh demonstrou que se pode até reverter isso, mas isso não é feito apenas tomando um comprimido, é um processo complexo, com vários aspecto. Você tem que ver se seu colesterol está alto, se seu HDL, o colesterol bom, está baixo demais, se sua proteína- c -reativa, que é um indicador do corpo, está alta, se sua homocisteina está alta, o que indica problemas no processo de metilação. Em nosso livro, nós descrevemos como diagnosticar os aspectos disso, e você implementará diferentes ações, dependendo de que problemas tem. Nosso programa não é igual para todo mundo,não dizemos coisas como “corte o carboidrato” “corte a gordura” ,”coma uma fruta por dia”. Queremos que você saiba que se você é uma pessoa saudável de 22 anos,sem nenhuma doença grave, basta levar uma vida saudável, tomar as vitaminas e os sais minerais básicos. Se tem 50,60,70 anos, tem diabetes, problemas cardíacos, então você precisa saber mais. Mas a sabedoria popular diz que 80% dependem da genética e 20% do estilo de vida. Isso só é válido se você segue as recomendações normais de saúde. Se você for bem agressivo, suas ações podem significar 90% , e a genética 10%. A maioria das predisposições genéticas, como doença cardíaca, diabetes,câncer, derrame, podem ser superadas. E não existe uma única solução milagrosa. É preciso seguir um programa multifacetado que envolva alimentação, exercícios, controle do estresse, suplementos... Não adianta seguir algo natural, pois o programa natural é envelhecer e morrer. Nossos genes evoluíram milhares de anos atrás , sob condições muito diferentes. Quando eles evoluíram, viver tanto não era interessante para os seres humanos, pois havia pouca comida. Se todo mundo vivesse 70, 80 anos, não daria certo. A expectativa de vida humana era 23 anos. Era tempo suficiente para criar os filhos. Aos doze anos as crianças já sobreviviam sozinhas. Tudo que fizemos desde então foi contrário a natureza, nós fomos além da lei natural. E ser humano é isso, é superar os limites.

JP- o senhor previu que em 2045, a singularidade será uma realidade. Máquinas e humanos irão se fundir, e o senhor pretende participar disso. O senhor terá 97 anos. Como será isso? 

RK- Eu espero estar mais jovem(rs...rs) . Nós vamos... É importante entender as partes 2 e 3 .A segunda ponte, a biotecnologia, envolve a reprogramação da biologia, como se nós fôssemos um conjunto de softwares. E é basicamente o que somos. Nós temos 23 mil softwares chamados genes. Eles foram “escritos” evoluíram há milhares de anos, quando, como eu disse não era vantajoso viver muito. Nós queremos reescrever esse código e todos os processos de informação. Quando você fica sem atualizar o software do seu celular ou do seu computador? Seu celular se atualiza sozinho a cada poucos dias. Em nosso corpo nós temos softwares que não mudam a milhares as vezes a milhões, de anos. Nós queremos reescrever esse software. E até poucos anos atrás nós nem tínhamos esses softwares . A saúde e a medicina não eram um processo de informação. Nós descobríamos coisas através de experimentações. “ Isso aqui diminuiu a pressão, mas não sabemos porque.” Agora nós temos os softwares da vida. Estamos progredindo exponencialmente na compreensão de como ele funciona, e nós temos meios para modificar esses softwares não só em bebês, mas em indivíduos adultos. A manipulação do RNA pode desligar alguns genes em indivíduos adultos. Há novas formas de terapias genéticas que acrescentam novos genes. Eu faço parte de um projeto em que retiramos células do pulmão, acrescentamos novos genes, replicamos as células um milhão de vezes e as injetamos no corpo. Isso cura doenças fatais, como hipertensão pulmonar, e está em fase de teste em pessoas. Há milhares de remédios e procedimentos diferentes em fase de desenvolvimento e teste para anular genes, acrescentar novos genes ou alterar algum outro aspecto do processo de informação da biologia. Isso ainda está em fase inicial, mas uma das minhas teses é de que a TI dobra sua capacidade com o mesmo custo a cada ano. Isso vale para computadores. Você hoje pode comprar um Iphone 2 vezes melhor pela metade do preço. Isto é um ganho 4 vezes maior em termos de relação custo-benefício. E só nos últimos 2 anos. Mas isso vem acontecendo desde a década de 1890. Eu coloquei o computador em um gráfico de função logarítmica que volta até 1890, e há uma progressão muito estável de crescimento exponencial. Dobramos a capacidade de computação a cada ano, com o mesmo preço. Quando eu era estudante do MIT, nós dividíamos um computador que ocupava meio prédio. O computador do seu celular é um milhão de vezes mais barato e mil vezes melhor, com um incremento de 1 bilhão de vezes na relação custo-benefício. E o mesmo acontecerá daqui a 25 anos. E não só nos computadores, hoje acontece na área da saúde e da medicina. Daqui a 15, 20 anos, poderemos reprogramar totalmente nossa biologia de forma a afastar as doenças do envelhecimento...

JP- Essa é a segunda ponte, a engenharia genética? 

RK- Exato.

JP- E a terceira ponte? 

RK- a terceira ponte vai além da biologia. Ela não só aperfeiçoa e reprograma a biologia, como vai além disso. Porque aperfeiçoar nossa biologia não é algo tão importante como o que poderemos reconstruir. Se construirmos matéria e energia no nível molecular, que é a nanotecnologia. Uma das suas aplicações, por exemplo, é colocar aparelhos do tamanho de células na corrente sanguínea, pequenos robôs do tamanho das células sanguíneas, que serão como os glóbulos brancos, que são uma espécie de robôs biológico, são inteligentes, capazes de achar uma bactéria, reconhecê-la como inimiga e destruí-la. Mas eles farão um trabalho melhor. Porque os glóbulos brancos levam cerca de 1 hora para fazer isso, eles as vezes se confundem, nas doenças auto imunes as vezes atacam seu próprio tecido, não reconhecem todas as bactérias e vírus. Nós poderemos construir novos glóbulos cem vezes mais rápidos, que poderemos baixar pela Internet software para novos patógenos. E isso já foi criado, começam-se a fazer experiências de nanotecnologia dentro do corpo. Um cientista chegou a curar a diabetes tipo1 em ratos,com aparelhos do tamanho de celulas produzidos com nanoengenharia. Eles têm 7 nanômetros e liberam insulina de maneira controlada. O MIT desenvolveu aparelhos do tamanho de células capazes de detectar células cancerígenas no sangue. Então já está acontecendo. São experimentos iniciais feitos em animais. Ainda não estão aperfeiçoadas, estão em fase inicial. Mas é importante entender que essas tecnologias, são tecnologias da informação que têm sua eficácia dobrada a cada ano. Isso significa que sua eficácia será multiplicada por mil em 10 anos e por um milhão em 20 anos. A era de ouro da biotecnologia, quando ela se aperfeiçoará e reprogramará a biologia, deve ocorrer daqui a uns 50 anos, com aparelhos do tamanho de células.

JP- Então quando Ray Kurzweil for transferido para uma máquina, um computador, o que acontecerá com o velho Ray Kurzweil?(rs..rs). 

RK- Não acho que será assim: tiramos Ray daqui e passamos para outra máquina aqui. O processo não será assim. Será um processo gradual. Vamos acrescentar computadores no nosso corpo e cérebro, esses computadores terão software, e seremos uma combinação de biologia com máquina. Isso parece muito futurista, mas já há pessoas fazendo isso. Pessoas que sofrem de Parkinson podem pôr computadores no cérebro para substituir os neurónios destruídos pela doença. E há software neles. Os de última geração podem baixar software para o computador no cérebro do paciente. Isso já acontece hoje. Os aparelhos não tem o tamanho de uma célula mas do tamanho de uma ervilha, e o volume dos aparelhos tecnológicos diminui 100 vezes a cada década, esse aparelho será 100 mil vezes menor em 25 anos. Daqui a 25 anos quando você falar com um ser humano como nós estará falando com um CIBORGUE, um Híbrido de biologia e máquina. As pessoas dizem: “não quero me fundir com máquinas”. Mas elas estão pensando nas máquinas de hoje. Eu também não quero me fundir com elas, pois são muito rústicas, não quero, não estão ao nível do humano. Mas eu me refiro a outro tipo de máquina, que deve ter outro nome. Elas serão tão sutis, complexas, ricas e emotivas quanto a inteligência humana, e nós ampliaremos a inteligência, ficaremos mais espertos, lembraremos melhor, resolveremos problemas melhor, poderemos pensar e ter a informação, colocar nosso cérebro na Internet etc.

JP- Então é um processo gradual. Mas, em algum momento, Ray Kurzweil, o senhor, irá existir em que meio? Será na Web? 

RK- Haverá um período intermediário, em que serei parte biológico e parte não biológico. Mas é preciso entender que a parte não biológica tem suas capacidades dobradas a cada ano. A biologia não muda muito. Então se pensar mais na frente, se pensar em 10 anos, a parte máquina será mais potente que a biológica. A parte artificial será capaz de assimilar e copiar a parte biológica e a biologia não terá mais importância. Nós chegaremos a um momento em que a parte artificial irá predominar e irá pairar nessa espécie de nuvens da informática, que já está em evolução. O que eu sou hoje? Ainda que saibamos que eu sou essa coisa concreta, não estou pairando por aí na web, na Internet . Estou aqui, sou concreto, e há um cérebro aqui. Mas as partículas são completamente diferentes do que eram a 6 meses. Todas as células morrem e dão lugar as novas. Os neurónios não, mas os componentes do neurónios, os túbulos T, os filamentos os canais de íons, morrem em poucos dias e dão lugar a novos. O material de que somos feitos muda a cada 6 meses. Há uma continuidade de Padrão. É como falar de um rio. O rio é o mesmo de antes? A água é totalmente diferente, como rio pode ser igual? O Padrão é o mesmo. Se observarmos o Padrão da água em volta de uma pedra,ele não muda em horas, anos, mas a água muda em frações de segundos. Dizemos que é o mesmo rio , porque é o mesmo Padrão. Eu sou o mesmo que um ano atrás, não porque sou feito da mesma coisa,mas porque sou o mesmo Padrão. Hoje, esse Padrão está no meu crânio...mas isso é uma limitação arbitrária. Se mantivermos o mesmo Padrão...O Padrão evolui devagar e gradualmente mas é contínuo. Mas podemos nos livrar dessa restrição de ter um cérebro biológico em um crânio físico deste tamanho. Isso é uma restrição muito grande. Grande parte do pensamento acontece no córtex, que é como uma folha deste tamanho. Aliás é por isso que os seres humanos são seres superiores, porque os dos macacos é deste tamanho menor que 0,22 m², e dos ratos é do tamanho de um selo. Nós temos um córtex muito maior mas ainda é deste tamanho mede 0,22 m² . Porque não criar um córtex muito maior em termos de capacidade computacional. Para podermos ter pensamentos mais grandiosos.

JP- Nós seremos capazes de fazer isso. Mas o senhor acha que não vamos sentir falta do nosso corpo, porque seremos capazes de criar corpos diferentes, principalmente corpo virtuais, não é? 

RK- Nós passaremos mais tempo na realidade virtual . Essa realidade virtual de hoje é um arauto do que virá. Veja o second life = (segunda vida). As pessoas fazem no second life tudo o que fazem na vida real, elas vão a shows, namoram, investem em ações,...fazem sexo. Fazem muito sexo em second life. Hoje é como um desenho animado, não é totalmente realista, mas está se tornando mais real. Se comparar ao que era a um ano, verá que está cada vez mais realista. Daqui a 10, 20 anos não será mais um desenho animado na tela, será do tamanho real estará nesse ambiente virtual.

JP- Com todos os sentidos? 

RK- Usaremos todos os sentidos, pois tudo acontecerá no seu sistema nervoso. Os avatares não serão um desenho, você sentirá que é aquele avatar, mas ele não precisa ser igual ao seu corpo real. Você pode ter um corpo diferente em diferentes situações, como no second life, em que se pode ter avatares diferentes. Nós vamos passar muito tempo lá. Algumas pessoas serão representação de pessoas verdadeiras, outras serão ciborgues, outras inteligências artificiais . Isso já é verdade hoje. A maioria das pessoas encontradas no second life são controladas por pessoas, mas algumas não são, são apenas robôs, programas de computador. Há até um jogo em curso: Por quanto tempo um robô consegue fingir que é uma pessoa sem ser descoberto. É uma variação do teste de Turing. Alguns conseguem durar 10, 15 minutos sem serem descobertos. E eles estão cada vez mais sofisticados, mas acho que daqui a 20 anos a inteligência artificial estará ao nível da inteligência humana. Isso é o que eu tenho afirmado. Os computadores serão capazes o suficiente, e nós estaremos dominando a engenharia reversa: Vamos entender o cérebro humano e ser capazes de recriá-lo, simulamos em softwares e testamos a simulação: O córtex auditivo, o córtex visual, o cerebelo, que é a área das habilidades, como pegar uma bola...

JP- Como quando o Obama matou aquela mosca (rs...rs). 

RK-Isso, grande parte dessa reação acontece no cerebelo. A maior parte das decisões acontece no córtex. Há áreas do córtex que já foram simuladas. O avanço é exponencial. Por isso vamos dominar a engenharia reversa, entender os métodos, recriar e simular todas as regiões do cérebro até 2029, e com isso teremos um software de inteligência de nível humano.

JP- Então: em 2045, a singularidade. O que irá acontecer ?

RK- Quando nós... A inteligência artificial existe hoje, mas é algo limitado, sempre que mandamos um e-mail, que fazemos um eletrocardiograma, que pegamos o resultado de nossos exames... Há sistemas de armas inteligentes, de detecção automática de fraudes de cartão de créditos, sistemas de computadores que desenham produtos, robôs que montam produtos sistemas de inventários jus in time. Posso dar uma lista de 100 software que fazem em nível humano, coisas a inteligência humana. Mas isso é algo limitado. Mas, em 2029, não será mais limitado, terá todo o alcance da inteligência humana. Será uma combinação muito poderosa, porque poderemos combinar a sutileza e o poder de reconhecimento de Padrões da inteligência humana com as capacidades que as máquinas já têm, maiores que as humanas. Elas se lembrar de bilhões de coisas. Nós mal nos lembramos de alguns telefones. Com essas máquinas, temos acesso a todo o conhecimento humano. O cérebro humano não pode encontrar tudo como o google encontra. Então essa será uma combinação muito poderosa. A parte artificial da civilização homem-máquina crescerá exponencialmente. Ela terá sua capacidade duplicada a cada ano, e essa taxa também ficará cada vez mais rápida. A parte biológica permanece fixa, mas não teremos máquinas aqui e seres humanos ali, será realmente uma só civilização. As máquinas sempre foram parte do que somos. Elas são uma extensão de nós. Desde que pegamos um graveto para chegar a um ramo mais alto, as ferramentas são extensões de nossas capacidades. Antes era um alcance físico, hoje já é um alcance mental. Eu posso pegar um aparelho no bolso e acessar o conhecimento humano. Isso já me torna mais inteligente. E o aparelho não está no meu corpo, mas no meu bolso, e ele chegará aos nossos cérebro. Em 2045, a parte artificial da inteligência da civilização de homens-máquinas será um bilhão de vezes mais poderosa do que a parte biológica. Isso quer dizer que teremos ampliado em 1 bilhão de vezes a inteligência dessa civilização. Isso é uma transformação tão profunda que chamamos de singularidade.

JP- É possível saber o que acontecerá depois disso? 

RK- É possível falar sobre alguns aspectos. Algumas coisas ficarão iguais, mas 1 bilhão de vezes amplificadas. Nós já podemos ver uma amplificação enorme do conhecimento humano. Há 200 anos, uma pessoa era capaz de conhecer tudo sobre ciência. Hoje a ciência tem milhares de campos. Uma pessoa não consegue saber tudo nem sobre um desses campos. O conhecimento humano já sofreu um aumento súbito e vai continuar. Ele só pode continuar se ficarmos mais inteligentes. através da fusão com a inteligência artificial. Haverá um aumento súbito na ciência, na música,nas artes, em todas as coisas que o cérebro humano faz.

JP-O senhor fala sobre máquinas espirituais, a transcendência da inteligência artificial. Do que se trata? 

RK- Nós começamos observando que os neurônios são máquinas, eles podem ser copiados por uma máquina, e já fizemos isso. E se 1 neurônio é uma máquina, 100 bilhões deles que são o cérebro, são uma máquina complexa, mas chegaremos a conseguir recriar isso também. Essas máquinas não irão apenas resolver problemas de lógica ou produzir conhecimento, como fazem hoje. Na verdade elas já nos superam em problemas matemáticos e de lógica. Mas elas terão inteligência emocional. Essa é a coisa mais impressionante que nós fazemos, na verdade. Não é que tenhamos um cérebro que resolva problemas, e a inteligência emocional seja algo secundário. A inteligência emocional, como ser divertido, entender uma piada, expressar um sentimento, é a parte mais sofisticada da inteligência humana, é a coisa mais impressionante e complexa que fizemos. Mas acontece no cérebro humano. E, quando eu falo em recriar a inteligência humana e realizar o teste de Turing, eu estou falando também em dominar essa capacidade. Então essas máquinas dirão que estão tristes, felizes, irritadas, furiosas, assim como os humanos. As máquinas já podem fazer isso, mas não acreditamos nelas, porque elas não tem todos os sinais sutís que associam a inteligência humana. Quando as máquinas da década de 2030 ficarem irritadas porque você disse que ia fazer algo, mas não fez,você vai acreditar nelas, porque elas mostrarão todos os sinais sutís e a complexidade da inteligência humana. Estará tudo misturado. Haverá humanos biológicos, mas com inteligência 99% artificial.

JP- As máquinas terão emoções, mas as espiritualidades? 

RK- os humanos têm espiritualidade, mas as máquinas também terão. Se você acredita que seres humanos podem ter experiências espirituais e que elas acontecem no cérebro deles, que não há nada de místico nelas...A idéia do misticismo não faz sentido, porque ou uma coisa é real ou não é. Se é real, nós podemos entendê-las e recriá-la. Então, essas máquinas também serão capazes de ter experiências espirituais que os humanos têm. O verdadeiro passo para se ter uma máquina espiritual é ter uma máquina consciente. Ao falar da alma de uma pessoa, estamos falando de sua consciência, de sua experiência subjetiva, do que ela sente, saudade, tristeza, de que fica chateada quando alguém que ama morre, fica feliz quando recebe uma boa notícia... é isso que chamamos de “existência espiritual”. Então filosoficamente falando, não podemos demonstrar cientificamente a consciência porque ela não é um conceito científico. O sinônimo de consciência é subjetividade. O sinônimo de ciência é objetividade. Há uma lacuna conceitual entre subjetividade e objetividade. Nós podemos ver uma entidade e ver como ela se comporta, podemos examinar seu cérebro, ver como ele funciona, ver se ele aprende com feedbacks, como os humanos, se os métodos usados pelo cérebro são similares aos usados pelos humanos. Essa é uma análise objetiva. Mas não podemos vivenciar sua experiência subjetiva, não mais do que eu posso vivenciar sua experiência subjetiva.

JP- Então, quando uma máquina passar no este de Turing, ela será considerada consciente? Explique o que é o teste de turing. 

RK- O teste de Turing foi criado por Alan Turing em 1950, para determinar se uma máquina opera em nível humano, e ele é válido ainda hoje. Você tem um Juiz humano...Há um certo debate a respeito do que é ser humano, mas esse Juiz humano entrevista o computador e um outro ser humano através de linha de teletipo. É uma espécie de mensagem instantânea. O Juiz não pode ver o computador e o humano, e ele entrevista os dois sujeitos, podem também ser cinco sujeitos, faz diferentes perguntas: “ Qual foi o último filme que viu? Qual foi a motivação do personagem principal? Após um dado período de tempo que não é fixo algumas horas, se o juiz não for capaz de diferenciar entre máquinas e seres humanos, consideramos que a máquina passou no teste.Todos os anos são realizados testes de Turing, e, até agora nenhum computador passou no teste. Mas todos eles recebem pontuações, e a dos humanos fica aqui em cima e a das máquinas fica aqui embaixo, mas as pontuações delas estão subindo. A dos humanos está parada. A diferença entre eles está diminuindo. De acordo com o teste, se o computador conseguir enganar o Juiz 30% das vezes, ele terá passado no teste. No último teste ele conseguiu enganar o juiz 25% das vezes. Eu acho que 30% é fácil demais. Eu acho que deveria ser 50% ou 60%, mas eles estão melhorando e até 2029 acredito que irão passar no teste, porque nós realmente estaremos entendendo a inteligência humana, e a inteligência artificial será indiferenciável da humana.

JP- Mas não haverá uma invenção de máquinas para competir conosco?

RK- Iremos nos fundir a essa tecnologia e ficaremos mais inteligentes. Esse sempre foi o objetivo de nossas ferramentas. Há muita resistência... Você perguntou se basta o computador passar no teste de Turing para ser considerado inteligente. Eu diria que sim. Filosoficamente é nisso que acredito. Não é comprovação científica. Não existe comprovação científica da consciência de outra entidade. Minha previsão política e psicológica é a de que seres humanos biológicos irão acreditar que essas máquinas serão conscientes. Eles serão convencidos quando a máquina disser: “ Estou feliz com isso.” “ Estou furioso com aquilo.” Eles irão acreditar que elas serão conscientes”, assim como hoje, geralmente, não acreditamos, quando um personagem de jogo de computador – que é um programa de computador- diz: “ Estou furioso” nós ainda não acreditamos nele porque ele não tem a riqueza da personalidade e a profundeza da compreensão lingüística que os seres humanos têm. Essa lacuna irá desaparecer. Nós iremos acreditar que elas são conscientes. E não haverá distinção clara: Isto é uma máquina isto é um ser humano. A maioria dos humanos biológicos será aprimorada com inteligência artificial, e, por fim, predominará a inteligência artificial.

JP- O senhor escreveu que a terra, com as tecnologias futuras poderá abrigar 10 bilhões de pessoas, mas se nós nos tornarmos imortais, vamos parar de nos reproduzir? 

RK- Nós podemos ser muito mais que 10 bilhões. Se analisarmos os recursos de que os humanos precisam, todos eles serão fornecidos por esse crescimento exponencial das tecnologias de informação. Larry Page um dos fundadores do google, e eu realizamos um estudo para Academia Nacional de Engenharia e Energia e verificamos que o uso da energia solar tem crescido muito. Ele tem dobrado a cada dois anos nos últimos 20 anos. Ou seja já dobrou 10 vezes. Só faltam duplicar 8 vezes para podermos suprir 100% da energia mundial. Alguém pode perguntar: “Temos tanta luz solar assim?” Nós temos 10 mil vezes mais do que precisamos. Basta captar a fração1/10.000 da energia solar disponível, para suprir nossa capacidade energética. E há planos muito viáveis de fazer isso nos próximos 20 anos. O mesmo vale para as novas tecnologias da água. Nós temos muita água mas a maioria é salgada e poluída. Mas há novas tecnologias que serão baratas e descentralizadas, para limpar a água. A máquina de Den Kamen , hoje, com alguns aprimoramentos, por alguns bilhões de dólares, é capaz de suprir as necessidades de água na África. Essas são tecnologias novas. Há ainda tecnologias de alimentos, que podem ser criados em fábricas, com clonagem in-vitro de carne, sem animais, cultivo hidropônico de plantas... Com o tempo eles fornecerão alimentos orgânicos de qualidade a custo muito baixo, por causa da tecnologia da informação. A nanotecnologia poderá cria produtos concretos, reorganizando fragmentos de moléculas a custo muito baixo. Assim, eu poderia lhe mandar por e-mail um desenho, e você poderá usar a nanofábrica do seu computador para criar um painel solar, um módulo para uma casa, todas as diferentes coisas que você precisar. As pessoas podem dizer: “ Não há terra suficiente”. Na verdade há muita terra. Faça uma viagem de trem pelos Estados Unidos ou pela China. Está tudo vazio. Nós podemos dar moradias as pessoas se tivermos nanotecnologia, para criarmos casa eficientes que abriguem várias pessoas.

JP- Então... E a população não vão crescer tão rápido?

RW- Ainda que eliminamos a taxa de mortalidade, o tempo que a população biológica levará para dobrar será de 10, 15 anos. Mas as tecnologias demoram 1 ano ou menos para dobrar de capacidade. Então, seremos mais do que capazes de lidar com isso. Nós conseguiremos lidar com o crescimento da população humana ao longo do século 21, ainda que reduzamos dramaticamente a taxa de mortalidade, e podemos fornecer uma qualidade de vida bem alta, porque as mesmas tecnologias que irão possibilitar a ampliação substancial da longevidade humana também irão fornecer uma ampliação substancial dos recursos: água, alimento,habitação,coisas de que precisamos para viver.

JP- Então, continuaremos fazendo filhos mesmo sendo imortais? 

RK- Todos os métodos, todas as tecnologias perduram. Elas persistem até serem antigas. Ainda temos carroças, máquinas de escrever, disco de vinil. As coisas não desaparecem instantaneamente . Nós temos outras maneiras de nos reproduzir.
JP- E quanto ao sexo? Ele estará desvinculado da reprodução? Fale sobre no futuro, em especial o sexo virtual?

RK- Como é o sexo hoje? Ele só é feito para reprodução? Mais de 99% das relações sexuais acontecem para ter intimidade,comunicação pela relação, pelo prazer … Por várias razões que não a reprodução. Nós já separamos a função biológica dessa função de comunicação, de sociabilidade e de prazer...

JP- Sim, mas descreva como ela será?

RW- Já há muito sexo no second life, mas ele ainda exige um pouco de imaginação, porque você só tem o som e a imagem dos avatares interagindo. No futuro, a realidade virtual será uma imersão completa. Você sentirá que seu corpo está em um ambiente virtual. E esse corpo pode ser seu ou pode ser um corpo virtual, mas você irá andar por aí. Haverá nanorobôs no seu cérebro, eles irão aumentar sua inteligência, irão interagir com os neurônios, estarão na internet, mas também serão capazes de bloquear os sinais dos seus sentidos verdadeiros, vindo dos olhos, dos ouvidos, da pele, e substituir aqueles que seu cérebro receberia em um ambiente virtual, de modo que seu cérebro se sentirá naquele ambiente virtual. Você mexerá seu braço mas será o braço virtual, não o real. E ele pode ser igual ao seu braço real, ou diferente. Você poderá atuar nesses ambientes virtuais, e haverá diferentes ambientes. Ao escolher um site diferente, você poderá estar andando na praia, no Taj Mahal (uma das sete maravilhas do Mundo-Índia), ou em ambientes imaginários, que não existe na terra, ambientes fantasiosos. Você poderá escolher diferentes corpos para diferentes ambientes. Um casal pode trocar de corpo, assumindo o corpo um do outro ou pode se tornar, por exemplo, uma estrela de cinema ou do que você quiser. E você irá interagir com outras pessoas. O que acontece hoje no second life, no nível visual e auditivo,no futuro incluirá o tato, você irá sentir uma pessoa virtual. Com isso você poderá experimentar sensações físicas, como um aperto de mão até uma relação sexual.

JP-Então, seremos imortais, poderemos, ter a forma que quisermos... seremos deuses? 

RK- Bem é uma discussão interessante sobre a imortalidade. Os softwares não vivem necessariamente para sempre mas pode transcender o Hardware em que estão instalados. Hoje os softwares rodam em nosso cérebro e são acoplados a ele, conectados a ele etc.

JP- E, se o hardware é destruído, o software vai junto? 

RW - Para nós, isso se chama morte, mas nós não temos essa idéia com as máquinas. Nós vemos que os softwares tem um vida autônoma à da máquina. Se você fizer um back- up dele, poderá quebrar a máquina e recriar a personalidade dela instalando o software em outra. Todo o padrão de conexões que temos no cérebro, com neurotransmissores e canais de íons, são informações, e nós podemos capturá-las e recriá-las. Nós seremos como os softwares de nossas máquinas hoje, e não morreremos necessariamente quando o hardware quebrar, como hoje. Mas isso não significa que sejamos imortais. Suponha que você esqueça de operar os programas de processamentos de texto atuais e tenha que voltar 20 anos no tempo quando se usava wordstar, não há cópias do wordstar, nenhum computador que o rode, não há sistema operacional ou suporte para ele. Tente recriar esse software. Ele está morto. Porque já esquecemos como ele é. A lição é, o software só sobrevive se for importante para você. O mesmo vale para nossa vida hoje. Se as pessoas não se cuidam não vivem muito tempo. E será literalmente assim. Nós teremos que nos cuidar, não podemos esquecer nosso software por 20 anos. Ao voltar, veremos que ele está desintegrado, não funciona mais, ninguém fez back-up dele, ele não roda nos tipos mais recentes de hardware. Então, isso é uma espécie de lição de moral. O software só vive se alguém cuidar dele. E, quando nós nos tornamos softwares, iremos viver se cuidarmos de nós mesmos. Portanto, um software não vive necessariamente para sempre, mas se nós temos mais controle dele. Nós iremos transcender as limitações de hardware que temos hoje. Nosso software arquivo mental, que é um arquivo de informação- é isso que ele é- hoje roda neste hardware cheio de limitações, que envelhece, perde a funcionalidade, que está sujeito a várias doenças... Nós finalmente seremos capazes de transcender tudo isso. Quanto a origem de tudo isso, como irá evoluir, não podemos responder a todas essas perguntas. É por isso que chamamos de “singularidade”. Estamos... Um novo horizonte. É uma metáfora emprestada da física, na qual você tem um horizonte de eventos em volta de um buraco negro e é muito difícil ver além dele. Há várias discussões interessantes.

JP- É possível em teoria, ver dentro do buraco negro?

RK- É uma discussão longa e complicada. Mas a questão é que é muito difícil ver além do horizonte de eventos. É difícil ver além da singularidade porque ela é tão diferente da realidade de hoje que é difícil enxergar. Mas eu acho que algumas das coisas que importam hoje continuarão as mesmas. A maior parte do que importa hoje para nós é a informação. Há 100 anos, a maioria das pessoas realizava trabalhos físicos. Hoje a maioria realiza trabalhos mentais. Os jornalistas criam matérias jornalísticas, escrevem coisas, dão informações sobre produto financeiro...A maioria das pessoas criam informações. E continuará sendo assim. O crescimento humano está crescendo exponencialmente. Acho que ele duplica a cada 14 anos. Então, daqui a 50 anos, vamos dar valor às mesmas coisas, mas será algo muito mais complexo. Nós teremos muito outros tipos de música, de arte, de ciências, de tecnologias e estaremos discutindo sobre coisas parecidas.

JP- Então em vez de Deus ter criado o universo, o universo, através de nós criou Deus? 

RK- Isso é o mais perto de Deus que se possa imaginar. Tudo que dissemos sobre Deus pode ser aplicado ao universo acordando dessa maneira, mas ainda não será infinito. Ele será vasto, trilhões de trilhões de vezes maior do que somos hoje, mas ainda não será infinito. É por isso que a evolução é um processo espiritual, porque vai na direção de uma complexidade maior, de todos os atributos que conferimos a Deus: Inteligência, criatividade, beleza, amor, todas as coisas crescendo a taxas exponenciais. Deus tem atributos de maneira infinita. Ainda que possamos entender isso ao resto do universo, não será infinito, mas comparando ao que temos hoje irá parecer infinito. Fonte:

Programa Milênio da Globo News.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Como fazer Álcool 70

Álcool 70% é mais esterilizante que o álcool 98% ?


Parece incoerente o mais forte ser menos bactericida do que o mais fraco. O álcool mais concentrado(98%) evapora mais rapidamente do que o menos concentrado(70%), o mais concentrado leva menos tempo para evaporar, fica menos tempo em contacto com as bactérias, e com isso diminui sua eficácia,ao passo que o 70% leva mais tempo para evaporar, ficando mais tempo em contacto com elas, aumentando seu poder bactericida.
Resolva agora um probleminha de matemática envolvendo o assunto exposto.
Se você possui 1 litro de álcool 98% e 1 litro de água destilada.Como proceder para obter um litro de álcool 70%?
Resposta: se em 1000ml da mistura contém 980 ml de álcool + 20 ml de água destilada,então; estabelecendo uma regra de três simples e direta,temos:


1000.................98%


   M................ 70%


Isto resulta: M = (1000x70)/98


M = 714,28 ml da mistura a 70% e 285,7143 ml da diferença proporcional aos 98%.


Logo, é só retirar com uma seringa aproximadamente de 1 litro de álcool(98%) 285,7143ml, e acrescentar esse mesmo volume de água destilada.O resultado dessa mistura é álcool 70%.Para ser mais preciso, 714,28 ml da mistura anterior + (285,7143-0,28 ) = 285,7143ml de água destilada aproximadamente igual a 1000ml de álcool 70%.



sábado, 9 de janeiro de 2010

Recursos do Orçamento da União Empenhados ao Município de Barra Velha de Janeiro a Dezembro de 2009.

As ações do governo do Prefeito Samir junto ao governo Federal tem rendido dividendos políticos administrativos bastante significativos, através da habilidade e competência do Dr. Eurides, como ativista e articulador político nas paragens de Brasília e região norte do Estado, o município de Barra velha conquistou de Janeiro a Dezembro de 2009 o montante de R$ 2.007.870,00 de recursos aprovados em convênios conforme segue abaixo:

1) Construção do Mercado público: R$ 292.500,00
2) Abertura da Boca da Barra: R$ 1.490.000,00
3) Despoluição do Rio Cancela :R$ 196.400,00
4) Programa de habitação:R$ 28.950,00

A articulação do Prefeito Samir e do Dr. Eurides, vem dando certo, porque as cores partidárias são amenizadas,o que está em pauta é o desenvolvimento da região norte,com a abertura da desembocadura do rio Itapocú no mar,onde além das prevenções das enchentes, também, muitos investimentos com objetivos econômicos se darão no futuro próximo.Essa realidade que proferimos, esteve estampada no desenho do palanque de reabertura das obras da "boca da barra", onde ali se encontravam, o Deputado Federal José Carlos Vieira(PR);o Deputado Federal Décio Lima(PT);o Ex Deputado e ex Prefeito de Itajaí Volney Morastone(PT);Presidentes de Partidos da base aliada do Prefeito,representantes de entidades não governamentais e simpatizantes de uma administração séria e competente como é o caso da administração do Prefeito Samir.Além é claro da vinda da Senadora Ideli Salvatti no gabinete do Prefeito no início de governo.Segundo o Prefeito Samir e do seu articulador político e secretário de negócios Jurídicos, Dr Eurides,em abril será inaugurada a obra de abertura e fixação da boca da Barra, e neste ato será anunciada uma surpresa tão importante quanto foi a abertura, também relacionada com o desenvolvimento turistico daquele local.Assim sendo temos que tirar o "chapeu" para essa dupla dinâmica, o Prefeito Samir e o Dr. Eurides.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Engenheiro e Futurólogo

Esse Cientista acredita que em 2045,seremos praticamente imortais...

Leia a Biografia de Raymond Kurzweis,em breve publicaremos uma entrevista com ele, sobre o futuro da humanidade em 2045.

Raymond Kurzweil

Nascimento 12 de Fevereiro de 1948 (61 anos)
Nova Iorque
Nacionalidade estado-unidense
Ocupação inventor, escritor
Raymond Kurzweil (Nova Iorque, 12 de fevereiro de 1948) é um inventor e futurista dos Estados Unidos, pioneiro nos campos de reconhecimento ótico de caracteres, síntese de voz, reconhecimento de fala e teclados eletrônicos. Ele é autor de livros sobre saúde, inteligência artificial, transumanismo, singularidade tecnológica e futurologia.

Índice
1 Biografia
1.1 Juventude
1.2 Empreendimentos
1.3 Últimos anos
1.4 Livros



1 Biografia

1.1 Juventude

Raymond Kurzweil cresceu no Queens, em Nova Iorque, filho de judeus que escaparam da Áustria pouco antes da Segunda Guerra Mundial. Através do Unitário-Universalismo, foi exposto a diferentes fés durante a juventude. Seu pai era um músico e compositor enquanto a mãe era uma artista. Seu tio era um engenheiro da Bell Labs, e o ensinou o básico sobre computadores.[1] Na sua juventude, ele era um ávido leitor de literatura sobre ficção científica. Em 1963, escreveu seu primeiro programa de computador, desenvolvido para processar dados estatísticos, tendo sido usado por pesquisadores da IBM.[2] Ainda no ensino médio, criou um programa sofisticado de reconhecimento de padrões que analisava as obras de compositores clássicos, sintetizando suas próprias canções em estilos similares. O potencial dessa invenção era tanto que ele, em 1965, ele foi convidado a aparecer no programa de televisão I've Got a Secret, apresentando uma peça de piano composta por um computador criado por ele. No fim do mesmo ano, ele ganhou o primeiro prêmio na Feira Internacional de Ciência por sua invenção,[3] sendo parabenizado pelo próprio presidente Lyndon B. Johnson durante uma cerimônia na Casa Branca.

1.2 Empreendimentos

Em 1968, ainda estudante do MIT, Kurzweil fundou uma empresa que usava um programa de computador para casar estudantes de ensino médio com universidades. Ele comparava milhares de critérios sobre cada instituição de ensino com respostas de questionários respondidos pelo próprio estudante. Aos vinte anos, ele vendeu a empresa para a Harcourt, Brace & World por cem mil dólares mais royalties. Raymond recebeu BS em ciência da computação e literatura em 1970.

Em 1974, Kurzweil fundou a empresa Kurzweil Computer Products, Inc. e liderou o desenvolvimento do primeiro sistema de reconhecimento ótico de caracteres que reconhecia texto escrito em qualquer fonte. Até então, os digitalizadores só conseguiam ler texto escrito dum conjunto restrito de fontes. Ele decidiu que a melhor aplicação para essa tecnologia seria a criação de uma maquina leitora, que permitisse a cegos entender textos escritos ao ouvir um computador ler o texto. Entretanto, esse dispositivo exigia a criação de duas tecnologias, o digitalizador CCD e o sintetizador de voz. Sob sua direção, o desenvolvimento de tais tecnologias foi completado, e em 13 de janeiro de 1976 o produto foi apresentado durante uma coletiva para a imprensa. Chamada Máquina Leitora de Kurzweil, a invenção o levou a um maior reconhecimento. No dia do lançamento, a máquina foi usada no Today; após ouvir a demonstração, o músico Stevie Wonder comprou a primeira versão de produção, começando uma amizade de longa data com Kurzweil.

Em 1978, a empresa de Kurzweil começou a vender uma versão comercial de um programa de computador de reconhecimento ótico de caracteres. A LexisNexis foi uma das primeiras clientes, comprando o programa para digitalizar documentos impressos, formando um dos primeiros bancos de dados digitais conhecidos. Dois anos mais tarde, Kurzweil vende sua empresa para a Xerox, que tinha interesse em aumentar o comércio de sistemas de conversão de texto impresso em texto de computador. A Kurzweil Computer Products se tornou a subsidiária da Xerox, anteriormente conhecida como Scansoft e atualmente como Nuance Communications. Raymond atuou como consultor na empresa até 1995.

Sua próxima iniciativa na indústria foi na área de música eletrônica. Em 1982, após um encontro com Stevie Wonder em que o músico lamentava dividir as capacidades e qualidades de sintetizadores eletrônicos e instrumentos musicais tradicionais, Kurzweil se inspirou para criar uma nova geração de sintetizadores capazes de imitar com acurácia o som de instrumentos reais. A Kurzweil Music Systems foi fundada no mesmo ano, e em 1984 o Kurzweil K250 foi lançado. A máquina era capaz de imitar diversos instrumentos, e, durante testes, músicos não conseguiam distinguir as diferenças do produto com um piano.[4] A empresa foi vendida para a coreana Young Chang em 1990. Assim como com a Xerox, Kurzweil permaneceu como consultor por diversos anos.


1.3 Últimos anos

Junto com a Kurzweil Music Systems, Ray Kurzweil criou a empresa Kurzweil Applied Intelligence (KAI) para desenvolver sistemas comerciais de reconhecimento de fala. Estreando em 1987, o primeiro produto foi o primeiro do mundo com amplo vocabulário, permitindo aos usuários ditar ao computador por um microfone. Posteriormente, a empresa combinou a tecnologia com sistemas especialistas de medicina para criar a linha de produtos Kurzweil VoiceMed, atualmente conhecida por Clinical Reporter, que permite aos médicos criar relatórios falando. A KAI é atualmente conhecida por Nuance.

Kurzweil também começou a Kurzweil Educational Systems em 1996 para desenvolver novas tecnologias de reconhecimento de padrões para ajudar pessoas com deficiências como cegueira e dislexia nos estudos.

Durante a década de 1990, Ray Kurzweil fundou a Medical Learning Company, cujos produtos incluíam um programa educacional interativo para médicos e um programa de simulação de paciente. Na mesma época, Kurzweil começou a KurzweilCyberArt.com, um sítio web com programas de comptuador para ajudar na criação de arte.

Em junho de 2005, Ray Kurzweil apresentou o K-NFB Reader, um dispositivo de bolso que continha uma câmera digital e uma unidade computacional. Assim como a Máquina Leitora de Kurzweil trinta anos antes, o K-NFB Reader foi desenvolvido para ajudar cegos ao permitir a leitura em voz de texto escrito. Essa nova máquina era portável e coletava texto através de imagens de uma câmera digital.

Atualmente, Ray Kurzweil está fazendo um filme para lançamento em 2009 chamado The Singularity is Near: A True Story About the Future[5], baseado em partes de seu livro de 2005 The Singularity Is Near. Parcialmente fictício, ele entrevista vinte intelectuais como Marvin Minsky, e há narrativas que ilustram algumas das ideias. Além do filme, há um documentário independente sendo feito sobre Ray chamado Transcendent Man. Os cineastas Barry e Felicia Ptolemy o seguiram, documentando sua turnê global de palestras.

1.4 Livros

O primeiro livro de Kurzweil foi publicado em 1990, The Age of Intelligent Machines, uma obra não fictícia que discute a história da inteligência artificial e prevê desenvolvimentos possíveis. Outros especialistas do campo também contribuíram amplamente no trabalho através de ensaios. Em seguida foi publicado um livro sobre nutrição em 1993, The 10% Solution for a Healthy Life, que argumenta que os altos níveis de gordura são a causa de diversos problemas de saúde comuns nos Estados Unidos, e que cortar o total de calorias consumidas para 10% do atual seria melhor índice para a maioria das pessoas.

Em 1998 foi publicado The Age of Spiritual Machines, que foca na elucidação de suas teorias sobre o futuro da tecnologia. Foi seguido por outro livro sobre saúde e nutrição, Fantastic Voyage: Live Long Enough to Live Forever, coautorado por Terry Grossman, um médico e especialista em medicina alternativa. The Singularity Is Near foi publicado em 2005.
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